COITO

 

 

 
 


Arreganhada
esperando-me,
subjugada
à minha sorte.

Sorrí, como
quem desdenha
a morte,
geme
e diz que me ama.

Naquele palco
que muitos
chamam de cama,
teatralizamos
a vida comum
de amantes comuns.


Uns dizem que
fomos uns putos,
outros invejam,
contritos e absolutos,
tudo o que vivemos
em poucas horas
e dias.


Duas almas libertas,
duas pessoas vadias,
arreganhando
prazeres
dores
e sinas.


Ela, como todas as meninas.


Eu,
como o que sobra.


Estado D´Ella Arte.
Artisticamente
uma obra.
Coito...

Ogro da Fiona
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