RIO DE JANEIRO DAS CHUVAS DE MARÇO.
Rio de Janeiro da boemia, poesia e inspiração.
Baia de Guanabara seio do mar, assim disseram os índios.
Da praça Quinze, da Assembléia das leis, da Cinelândia dos sonhos e dos pecados.
Da Lapa, da Quitanda, dos Passos a Catedral do perdão.
Do Santos Dumont, o vôo alto pelas matas da Tijuca , cruza Boas Vistas
No maracanã, torcidas reunidas gritando olé!
Botafogo X Flamengo é praia, é time ou samba do Jobim.
Rio de Janeiro das praias de Copacabana, do Leme ao Arpoador.
Reunindo loiras, negras, galegas e morenas.
Deixando na história a inspiração do poeta
Rio de Janeiro da Garota de Ipanema.
E no alto do Corcovado o Cristo de braços abertos sob nuvens, sol e luar.
Dizendo ao Rio de Janeiro: Ninguém vai ao Pai se não por mim.
E o bondinho em descidas e subidas silenciosas,
Oferece aos turistas o Pão de Açúcar: uma doce paisagem sem fim.
A gíria que virou Barra, o sol doura as montanhas, no outono desse céu.
No setembro das flores, do fevereiro das baianas,
das “Carmem Miranda” na passarela do samba.
Onde o povo vira artista e o artista vira povo
Os aplausos vibram os corações, escancaram sorrisos sem fim.
Na platéia que transforma o mundo em Sapucaí.
Esse é o Rio de Janeiro, da boemia, da poesia e inspiração.
Da favela, do choro da multidão.
Que o sol aqueça os corações de lágrimas
Quando as chuvas de março fecharem o verão
Lavar o borrão dos maus tempos.
Para que o Rio de Janeiro a janeiro
Seja o Rio carioca de alegria e do povão.
Lira Vargas
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