Véus de idade

Neste caminho de insensibilidades

Que nos vai avivando a realidade

Das nossas fragilidades

Braços de cansados envolvimentos

De afagos de fingimentos

Em caricias sem contentamentos

Olhos de ti chorosos

Na idade já não tão luminosos

Mas sempre a ti amorosos

Como o tempo é diferente

Contigo à minha frente

Meu ser a idade não sente

Novo começar quer traçar

Quer teu ser abraçar

E no amor enlaçar

Braços jubilosos

De abraços carinhosos

E de amor desejosos

Por ti sempre sedentos

Aos teus gestos estão atentos

Na vivência de novos sentimentos

Eduardo Dinis Henriques

 

 

 

 

Eduardo Henriques
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