Posso contar nos dedos de uma das mãos

Os momentos em que caminhei em paz

Apesar do amor

Se aprendi algo por não conhecer minhas angustias

Pude andar por entre as árvores

Escolhendo meu destino

Não digo o mesmo a quem nunca sentiu

O que o desejo por vezes fraco e doentio

Tirou de mim a intensa vontade de nunca mais voltar

Não te culpes por ter me negado o que eu mais queria

Quisera eu chegar nas alturas onde os sonhos residem

E olhar nos olhos daqueles

Que iguais a mim

Escondem a pura inocência

De quem nunca cresceu.

 

 

Roberto D'ara
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