Na correnteza da vida

 
 
 
Tudo por mim passa tudo em mim navega,
ou deságua em cascata.
Numa aventura exponho os meus sonhos
escorrem incontemplativos.
Recolho farelos que a correnteza já lenta
Não consegue levar.
.
Desses farelos, aproprio-me e inflo de esperança
Apostando os meus bastantes desejos.
Antes castrados e pela correnteza arrastados.
 
Freio a correnteza que em mim navegou
E levou...
A juventude da minha beleza...
Os amores desnecessariamente sofridos
Restaram-me os últimos degraus da vida.
 
Freio a correnteza da vida...
Agora contemplativa!
Fecho os olhos e me ordeno a ser feliz...
Não ouço nada que falem...
Nos últimos degraus da vida...
Nenhum conselho malfadado quis.