Brasil.
Tu já navegas  em rumos incertos,
Conforme querem os que se julgam espertos,
Devastadores rudes que constroem desertos,
Levando aos lúcidos, interminável insônia.
         Tens a mata atlântica, virando sertão,
         A caatinga inteira, sacos de carvão,
         O serrado sumindo, sem preservação,
          Indicando o trágico fim da amazônia.
Tão insensível quanto a destruição, habita,
No mais profundo da alma que não grita,
E bem  escondida no  silêncio admita,
Estar ao lado dos que destroem a vida.
         Que cada um de nós levante o grito,
         Mesmo que por instante, ou infinito,
         Em uníssona protestante voz do aflito,
         Enquanto há tempo de encontrar saida.
Pois caminhamos rápido à destruição,
Que leva ao fim,  também a  Nação,
Num extermínio que foge a  razão,
Nos obrigando a galopar a morte.
          Vamos viver os sonhos e ter esperanças,
         Correr –mos  livres, ser como crianças,
          Valsar de novo por essas andanças,
          Construindo a vida, que não virá por sorte.

Que ecoe em toda garganta, um grito de esperança aos que querem apenas o direito à vida.

Santa Cruz Cabrália, 18/12/2008.

Lannes Alves de Almeida
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