Dialeto saudade, passado que se avizinha
Entre cidades desertas
As luzes brilham sozinhas
Para o encanto dos covardes
E o desespero do saudoso.

Dialeto verdade, futuro imaginário
Entre conquistas e línguas estranhas
Quando o sol se põe opondo-se
A alegria dos justos
E tristeza dos que não são.

Dialeto mentira, presente contínuo
Entre derrotas e frases murmuradas
Por não conter as intrigas
Do amor desestruturado e audaz
No qual me perco entre relíquias.

05 – 08 – 00

Fábio Avanzi
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