Parado entre o horizonte natural
Observo ao meu redor a paisagem gratificante, do mar, do verde a minha volta,
Do frio na brisa que nos soprava, do sol que se findava num espetáculo sublime
Das nuvens que se formavam figuras coloridas, como no lusco-fusco, ou no surgir do Arrebol, singelos como teus olhos, esplendidos como o teu ser.

Parado, continuo a observar as ondas calmas,
O reflexo do sol nas águas escuras de um fim de tarde,
Lembro-me de cada palavra dita, gesto ofertado e lágrima caída,
A emoção me tange, começo a repartir meus pensamentos
Dividindo o que era real, do majestoso.

Entorpecido de tamanha beleza, meu bem,
Foi que encontrei inspiração suficiente para te elogiar
Para mostrar através da poesia
Que o amor que sinto é tão intenso quanto este espetáculo natural.

Duvidava, pensava que o meu coração era inexpugnável
Mas de repente tua voz tornou-se para mim como uma passagem secreta
E conseguiu traspassar meu coração sem ao menos feri-lo
E até hoje sinto-me feliz por conceder.

Ainda assim, com a graça do Deus, continuaremos felizes
Até que não haja mais lua
Ou até que o sol não nos ilumine mais...
Para sempre.

04-08-00

Fábio Avanzi
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