Pensei que fosse real
O medo de esconder o que sinto.
Toda beleza superficial
Esconde um sorriso fosco.
Nada será como era, desigual,
Como as formas de teu corpo jocoso.
Não sei definir ao certo o que és
Se tiver que dizer o que representas
Apenas escute o silêncio na voz,
A qual sussurrarei aos teus encantos.
O que sei... não importa, tudo se desfaz...
Como as lágrimas de um rosto chorando.
Transpiro algo desvanecido
O peso de um amor submergido
Crescente como um rebento no ermo
Nada consigo conter, nem sequer um segredo.
Diga o que queres, ti dá-lo-ei sem falta;
Nada será tão fosco...
Quanto à senda da madrugada.
Não a nada que perdure mais na vida,
Que um sorriso teu, enluarada.

Salvador

Fábio Avanzi
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