Começo a refletir num presente tão pungente
A ânsia que me consome num internato caduco e frio
Ao medo consiste a esperança
O autodomínio é o supérfluo .

Meus inteiros dias genocidas de minhas mães, palavras e pais
Crianças pequeninas revelam o abuso
O assédio que pertence somente aos
Meus princípios.

Me pego pensando alegrias
A morte rodeia-me solenemente e devagar
Seus traços me marcam rapidamente
Seus lençóis me cobrem e me trazem a noite eterna.

Começo a refletir num passado tão escasso
Abaixo o internato num sistema absurdo
Minhas palavras auto suicidas me animam
E eu continuo pensando, porém esqueço de tudo.

E por entre os arco-íris, eu, o poder solene
Invocarei tudo o que não pude Ter na vida
Onde buscarei na morte algo semelhante
Uma vida perfeita, ou alguma parecida.

Candeias, Ba

Fábio Avanzi
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