Boca

Se da minha boca,
Tiras as suas palavras,
Que minhas palavras sejam a tua voz.
Se dos teus pensamentos,
Consegues os meus atos.
Que seus atos sejam a minha glória.
Nada importa quando eu não penso.
Tudo faz sentindo, sem saber.
Tudo sabemos, sem querer perceber,
Que de nada adiantam os devaneios
De uma saudade morrida,
Em uma falta eterna...
Querendo-te assim, viva, vívida,
Renascida para jamais deixar de viver.
Jamais deixar de ser você,
Você, em mim.
Eu, em você.

Estocolmo, Suécia

Carl Dahre
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