Dourado

Dourado, o berço de ouro que deitei.
Simples, composto, exposto por ilusões.
Amanhã um eterno aprender de satisfações.
Se sou o fruto de um amor que nunca existiu,
Que tenha sido - pelo menos - uma paixão que passou.
Quero que minhas sementes sejam de frutas
Para que sempre possa nascer um pé de paixão
Dando frutas de amor sem caminhar em vão.

Se a vida que levamos é a vida verdadeira,
Como será a vida que desejamos?
No breu que assume a falta de luz,
Encontro o caminho na calma.
Por entre os desesperos gritantes do silêncio,
A palavra aprisionada sai da alma
Peneirada por milhares de pensamentos,
No suicídio do indicador na nota dó.

Estocolmo, Suécia

Carl Dahre
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