Desvendei

Depois da dor, o alívio.
E que do alívio eu sinta amor.
Os beijos subvertidos, já não vejo.
A suculenta saliva, sede do meu desejo.

Próspero e insuspeito,
O carinho verdadeiro,
A chama que chama
Nossos corpos do nosso jeito.

Como será o amanhã,
Em um tempo que não existe?
Suas palavras mestrias
Em um tempo que não persiste.

Desvendei o mistério
Na verdade pelo amor.
No silêncio da minha dor, espero.
Afogado na inclemência do meu pudor.

Seu ganido, minha vida, meu viver.
Seu toque, o conhecer do alvorecer.
Sacrifício meu, por querer merecer.
Nas noites que durmo, o escurecer.

Estocolmo, Suécia

Carl Dahre
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