Não sigo a métrica,
Não conto as sílabas,
Não faço poesia.
Escrevo simples como uma criança
Que só usa a seu favor a fantasia.

Assim como um pobre
Com seu simples carro
Sem condições de ajeitá-lo,
Sou pobre nas palavras,
Não faço soneto,
Só sei admirá-lo.

A perfeição dos versos eu não sei,
Sou ingênuo na arte de escrever,
O que rabisco é fantasioso,
Só isso sei fazer.

Quando rabisco as folhas,
Imagino estar rabiscando o céu.
Quando converso com as paredes,
Coloco o nosso diálogo no papel.

Eu poeta? Realmente não sei!
E se sou,
Sou o mais mimado de todos.

Eu sou gente grande
Sem a caneta e o papel,
Mas com eles, navego em fantasias,
E faço o meu mundo doce como o mel.

Rogerio dos Santos Rufino
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