O teu corpo a bailar na minha frente
Tal um vulto de etérea consistência,
Emudecido me deixou, inconsciente,
Inapto em minha inerte competência!
Também dera! Os teus dotes visuais
Estatelam o mais forte dos viventes!
Eu que sou o mais fraco dos mortais
Suportei, por demais, como dolente!
Eu não tenho pretensões, e basta que
Eu seja só esse pó que a terra embala
A amaciar os teus passos! Quero ser
A brisa leve que se alinha ao tocá-la,
E conforta-me a razão do meu viver:
Poder ver o teu bailado e, até, fitá-la!
Autor: José Rosendo
Nazarezinho, 23 de abril de 2007
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