-Sou o amor!

O furor constante da paixão, suave voz, certa confusão; confiante, varonil, relutante, vil; de mil maneiras:
-Amor!

Chuvas de versos crus, sem luz, urgentes; rio de canções pungentes, vivas, correnteza de quimeras emotivas:
-Amor!

O acalmante furacão, a reação calculada com proporção inacurada, sem números reais. A matemática louca, clemente, de irracional quociente, absurdo pior!

Resumindo: nada! tudo! pouco! abundante!
-Só!

O bom observador calculista notará, contando as letras de cada palavra, a formação dos primeiros algarismos de uma grandeza notável da matemática.

Inspirado por Malba Tahan.