NINHOS

Já passaram meus tempos de menino,
Do arco,
Do pião,
De menino traquina,
De descer aos poços,
De fazer de Tarzan,
De aperrear meninas
De ir aos grilos,
De ir aos ninhos
De roubar fruta
E de se espantar em cada manhã!

Ai que saudade desses dias que já lá vão,
Agora pintados,
Que o pintor guarda,
Pendurados,
Na galeria do seu coração
E que perdoa à juventude as diabruras,
Que, em justa medida,
Ajuda a formar mentes maduras para a vida!

Ai que saudade!
Ou talvez não,
Porque sempre gostei
de viver nas idades por que passei,
Agora pintadas em quadros de recordação,
Que guardo na galeria do coração!
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Autor deste original e inédito:
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
9/10/2006