Cadê aquele ocupante, e aquela inspiração sempre presente?
Cadê aquela rua que me levava?
Olho o pôr-do-sol, vejo que ele está diferente,
Bebo a bebida gelada que desce tímida...
Cadê aquele repetir, murmúrio constante? Fez as malas e se foi.
É verdade, a despedida foi demorada, o Adeus súbito
Agora não penso mais naquele café amenhecido,
nem desdénho mais a cor vermelha...
Não vi o morador ir embora, e se ele tiver esquecido algo pra trás?
Não vejo nada além do que está a minha frente, então
Canto aquelas músicas sem a voz comum de outrora.
Aquela inspiração, agora de roupa nova, voltou pra ficar
Mas seu amigo inseparável, aquele meu velho hóspede,
finalmente se foi!
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