Ali em cima aquelas telas todas,
aquele incenso que fulmina a desaparência,o sótão
Sótão que omite aqueles codificantes móveis velhos,
Ali na morada do tédio, ele se sente à vontade
o Tempo ali não urge, apenas habita...

Sótão, tão só ali largado em meio a lagartixas, brilho de vidro opaco
Janelas um tanto dissipadas,

Sótão cinza, cinza, a poeira também "bate barraca"
veio de malas prontas,
Malas estas que compõem o oprimido ambiente,

Fugindo da alegria vendável dos outros cômodos, é
no sótão,governado pela Melancolia, que repousa sua repulsa...

Dentro dos armários sujos, abraçados por um tom de terra,
acontece um ruidoso festejo,parece ser insetos, parece ser vozes
no sótão o pesar é consciente,
na ausência de olhos pra compactuar,entretanto...

A falha nos cabelos também moldam-no,
Sem se aperceber dos detalhes aquele lugar é monocromático, nada reluz
As mazelas de seu mundinho ali mantidas

Um tic-tac inconstante,
um não- sei -o- quê,
sótão renegado,
fecho a porta,
volto pra cá,
sótão,
só...

Meu melhor amigo um dia, me mandou uma mensgem pelo celeular: Escreve um poema com a palavra sótão!!
hehe ... Nao sei porque....coisas que nao se explicam vindas de um louco...(risos) entao fiz, e esta aí...