Revolta escrevo, um dizer solto sem sentido,
esta tecla podre que não abaixa, este fundo branco quer ser preenchido,
esta lamúria despretensiosa,
Metáforas compradas no armazém da esquina,cores alegres
me renegam, queria mudar o tom deste espaço,
preencher de cinza, fundo escuro pra combinar com meu sapato,
Já não sei se escrevo pra apagar,se deleto pra rabiscar ou se digito pra me rever, nada
Revolta escrevo,cade o barulho do lápis no papel?
cade o tic-tac do relogio da sala, ao lado ninguem,escrevo,qualquer coisa ignoro e começo de novo,
Fui comprar metaforas...o armazém estava fechado,
vou fechar também, que sem palavras combinadas de nada sirvo,
revolta escrevo...
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