Parece que a cidade toda dorme
mas o silêncio é quebrado pela chuva,
que cai pesada, fazendo um barulho enorme
falta energia deixando as ruas turvas.

A casa era grande, mas parecia pequena
eu inquieto, andando pra lá e pra cá,
eu fecho os olhos, e até hoje vejo a cena
eu sozinho, sem ninguém pra me acalmar.

Já é madrugada, e chove muito lá fora;
dá desespero dá vontade de gritar...
como eu queria ter você comigo agora.

Chove mais forte, não tem hora pra parar;
parece que o mundo vai se acabar...
eu queria ter alguém aqui, pra me abraçar.

São Paulo, Julho de 2006.