"MULHERES BÓIA-FRIA"

Mulheres simples do campo
com sua mãos calejadas,
da voz, nasce um triste canto
nas mãos, a conhecida enxada.

Levanta de madrugada
pisa descalça no orvalho...
amola a sua enxada
e segue firme no trabalho.

Tem fome, já é meio-dia
pega a sua bóia fria
somente arroz e feijão.

A essas guerreiras do campo
que com a luz dos pirilampos,
tens a minha gratidão.

São Paulo, Janeiro de 2006.