Eu dedico este poema à podridão,
Aos parasitas, insetos, virulências, vermes...
(Conheço tantos) e ocultos em belas epidermes,
Corroem com verbos e atos a qualquer coração.

Nunca vi ou ouvi genuínas desculpas.
Uma que demonstrasse real arrependimento.
O pecado é passageiro, o sucesso, mero intento
E tudo o que resta são medos, tristezas, culpas...

Ah! Já ouço próximo o zumbido das moscas
E impropéries, e julgamentos, e críticas toscas 
Assediando e revelando com sussurros e danos.

Vomite e destile do mais letal veneno!
Isto é ser colérico pelo caos, o vazio pleno...
O mal é tão lindo, afinal, caros seres humanos!