Aos Monstros.
Rebenta o sangue no fervor da chacina!
Vibra o vermelho do impiedoso matador
E a fúria do touro ultrapassa a bovina,
Posto que se assemelha à humana: assassina...
Corre terminal. Olhos vidrados em furor...
Ao perpassar o escarlate capote,
Perfura o lombo a afiada espada.
A dor é excruciante e sincera... Sente-se o nada
O qual se aproxima, e o primeiro golpe é mero mote...
Aplausos frenéticos do sadismo desumano!
Corte a corte, vai caindo ensanguentado o touro.
Desperta no homem o assassino sem sina...
O espetáculo vibrante continua sem dano!
Explode em vermelho a morte: último tesouro...
Rebenta o sangue no fervor da chacina!
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