Sempre fui corajoso e destemido,
Nunca tive medo de andar sozinho;
O mundo me ensinou a ser atrevido
E capaz de encarar trevas e espinhos!

Já topei situações embaraçosas,
Mas saí de suas garras com bravura;
E mesmo sendo elas muito perigosas,
As enfrentava sem perder minha ternura!

Eu não temia viver só, até que um dia,
Encontrei um alguém, não muito cedo,
Pra me fazer eternamente companhia!

Hoje, que tal coragem eu já concedo
Ter perdido e tornar-se uma ironia:
Ficar só, sem esse alguém, eu tenho medo!

Autor: José Rosendo

Nazarezinho, 24 de maio de 2006