E A TERRA PAROU...

Um cantor famoso,

Certo dia tal cantou,

Que teve um sonho

De um sonhador,

O dia dia em que a terra parou...

 

E, eis que esse tal dia

Veio à tona, que ironia,

Fazendo vil estrepolia

Em estragos, a reveria,

Causando grande histeria...

 

O ser humano corre

Do seu sul ao seu norte

Sem que tudo se anote

Em passagens, de pacotes

Das viagens, em conformes...

 

Conformes, de como se esteja

Lá, no lugar que se deseja

Chegar, de qualquer maneira,

De forma sutil sorrateira

Fugindo-se do perigo em cena...

 

Perigo em cena, um tal vírus

Está fazendo alarde terrível,

Em quarentena, se possível,

E que se fique incomunicativo,

Porque o momento é crítico...

 

Nas cidades tudo está parando,

Nas ruas, ninguém transitando,

A chuva, ninguém está molhando,

O sol, ninguém está bronzeando,

Tudo por causa de um vírus insano...

 

O sonho do cantor, sonhado,

Já é realítico lúgubre fato,

O dia de a terra ter parado

Aconteceu e, todos, pasmos,

Temos de admitir isso, claro...

 

                    ADMITIR DE QUE A TERRA PAROU DE FATO,

                   DE ACORDO AO SONHO DO CANTOR, SONHADO...

Josea de Paula
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