Resta o abismo
da palavra
que cala
diante da tábua de esmeraldas...
Restam os mortais
vivendo suas ânimas animais
em decúbitos dorsais
em banheiras
cheias de sais...
Resta o pior de todos
o mentiroso
com água na boca
por causa do pudim
de côco...
Resta o abrir de janelas
para que entrem por elas
os pássaros que não vemos
do velho Nicodemos
acampado na porta do céu...
Prieto Moreno
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