Ás vezes, cansadas, 

minhas palavras se deitam na sacada

do apartamento,

soltam seus olhos que viajam no vento,

escutam o poeta que passa

recitando sonhos em plena praça...

 

Se dão as mãos como fazem a boca e o pão,

se deitam na relva macia

que estende a poesia,

renascem como flores miúdas

à espera da chuva de amor

seja lá de quem passa,

seja lá de quem for...

 

Eu, que busco o ouro que se esconde no infinito,

vagarosamente sorvo o licor de anis do meu grito...

Prieto Moreno
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