Fadas,
digam-me onde mora o amor,
de que cor é sua casa,
se voa, se tem asas,
se planta, se colhe,
se vive como nós,
se morre...
Dizem-me elas,
em voz doce e singela,
lá está nela a atravessar a rua
com sua alma quase nua,
mãos estendidas como se colhessem
o que planta a vida,
de olhos belos e vivos,
sempre a trazer consigo
uma foto estampada na mente,
alguém que ama,
que sente,
teu rosto,
que escreve e pergunta
como se ajunta
duas partes separadas,
os pés e a estrada...
Obrigado, amadas;
eu, que não acreditava em nada,
menos ainda em fadas,
vejo agora que o amor pulsa
mesmo em quem não escuta
seu silencioso som de asas...
Prieto Moreno
© Todos os direitos reservados
© Todos os direitos reservados