Quantas vezes quis saber como era o amor,
se viria pela estrada trazendo nas mãos a flor,
se me diria em poemas o que na vida vale a pena,
se abriria as comportas do coração de um jeito doce,
apenas...
Agora que o tempo correu e foi embora,
que as janelas estão vazias de olhares,
retratos espalhados, canções de outrora,
saio do remanso e procuro mares
que me levem ao que a passar demora,
a fúria do amor que nunca cessa,
que busca corações solitários
e que de amar tem pressa...
Quantas vezes tive em meus braços o caos,
que separava ideias de atos inconsúteis,
a distância entre todo o bem e o mal
se findava em sonhos inúteis...
Venha, guerra sem perdedor,
que me assole e me chame a batalhas
em que o prêmio maior é sangue e tua flor...
Prieto Moreno
© Todos os direitos reservados
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