Se neste momento em que me jazo solitário,
Ao relembrar-te eu tiver toda a necessária companhia,
Morrerei sóbrio, pois saberei que não foi imaginário
O dia em que paralisado, percebi que para mim sorria.
Eu, que na ânsia de me distinguir não fui forte
E me desiludi em convicções egoístas e beirei a demência,
Sei que a mudança é tortuosa e seu êxito não vem da sorte,
E só sei disso porque é amor o que move esta confidência.
Se o erro e a omissão permitem a segunda chance,
Então, agora, escolho viver por mim e por alguém mais
Sem que este ou estes alguéns a quem clamo,
Não saibam como é meu verdadeiro eu; e jamais
Eu me envergonharei do que decidi, mesmo que me canse,
Nenhum cansaço me impedirá de dizer: "Eu te amo!".
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