
TROCANDO EM
MIÚDOS : PALAVRAS
Ah ! Aquela
palavra revelada
no quase indizível,
que fica bem rente
a pele, nalgum vão
sem chão nem limite.
Subliminar tal qual
uma ideia prisioneira
que morre na noite.
Que ferve ó palavra,
no senso poético,
nascendo e renascendo :
ao confessar tristezas.
Dizendo ao mundo
as palavras " eu sinto ",
abismando-nos a:
escrever, rabiscar,
traçar círculos; com
tua força ó -palavra-,
bem diante de todos
nossos sorrisos e lágrimas.
São aquelas palavras que
teimam em reverberar,
nessa catedral submersa
indevassável da
psique humana.
Onde nos cabe convulsos,
seguir a exaustão na
busca de uma qualquer
permuta que seja. A
exorcizar nosso caos
recluso mas recorrente,
ao toque dum ambicioso
coração, que entre outras,
pensa que sabe tudo !
Ó palavra ! O que nos
resta ainda escrever ?
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