Quantas vezes tens me tentado, ó paixão?
Eu, que conheci o amor, mas que à ti não estou invulnerável.
E a lealdade que me compõe me impede de arrebatamentos,
Mesmo se quero provar de outros beijos e novos leitos...
Ouço músicas nas vozes de desconhecidas musas.
Fico fascinado com o distinto pensar das mulheres que me circundam,
Mas contenho-me em corpo, porque a alma avança
E o pensamento, ah! Este é livre por mais que tentem prendê-lo!
Meus sentimentos são, às vezes, como um imenso turbilhão:
Engoliriam todo o universo se pudessem ser libertos.
Eu, que prezo tanto o amor, que busquei-o e tive êxito,
Por que não me dou por satisfeito?
Creio que seja uma característica humana este incontrolável desejo.
Eu amarei e guardarei este amor que já possuo, em minha alma
E permitirei a paixão fluir em meus pensamentos, secretamente...
Afinal, quem nunca quis experimentar um ímpeto?...
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