Era de manha, 8 horas de costume e me levantei. Fui me até a janela e olhei o céu nublado,acho que vai chover.

Coloquei minha roupa e tomei meu café,o dia seria longo e talvez dava para ir a pé.

Mas com a inocência de uma criança esqueci de levar meu guarda chuva

Senti uns pingos cairem sobre mim e quando vi, a chuva começava a cair.

Corri para me esconder daquela tempestande,tentei me refugiar debaixo de uma marquiz

Mas parecia que a água queria me perseguir,indo onde eu estava veio com força e me molhara

Agora toda esopada devia encarar a realidade,caminhar a pé até o serviço debaixo daquela chuva gelada.

Cheguei com a roupa toda molhada e cogelante em meu corpo,até que um homem me dá um consolo

Gentilmente pega uma toalha e pede lincença,carinhosamente seca meu rosto

Sem perceber eu fiquei vermelha, quem era aquele homem que me servia?

As horas passaram e eu me prendi na gentileza daquele homem

Porque tanta fineça com uma mera pequena?

E o expediente terminada, levantei-me na presa de correr para casa

Novamente me esbarro com o homem que dessa vez me segurava

Nos olhamos por segundos um no olho do outro e percebemos o que ia acontecer

Aproximamos um do outro, sua mão quente ficou em meu rosto

E sem notar ou até por querer, nossos lábios foram de encontro um para o outro

Então desde aquele dia chuvoso,eu vivo nesse amor delicioso.

Letícia Guilarducci
© Todos os direitos reservados