ESTRADAS!

 
Longas milhas a percorrer
Sol chuva
Não tenho culpa
Carros pistas
Eu na corrida
Chegada desistida
Na beira da pista
Nem uma alma
Nem uma vida
Na beira da pista
 
Vou atravessar
Vou tentar
Do outro lado
Tudo pode mudar
Avisto um caminhão
Vou da com a mão
Moça está na contramão
Foi tudo em vão
Nem uma alma
Somente pista
Estou perdida
 
Vou mudar de lado
Vou pra outro lado
Vou para a direita
A luz está a piscar
Farol vem vindo
Pra cá
Vem me salvar
Moça toma cuidado
Pode se atropelar
Atravessa para o lado de lá
Nem uma alma
Nem uma vida
Sozinha na pista
 
Vou continuar
Uma alma vai chegar
Noite fria chuva
Estou na curva
Luzes de longe piscam
Perigos na pista
Vou me esconder
Não posso morrer
 
Madrugada
Insônia danada
Noite desgraçada
 
Mata milagrosa
Uma casinha na roça
No meio do nada
Gente camarada
 
Cama limpinha
Toalha sequinha
Comida fresquinha
 
Sono perturbado
Casos mal acabados
Pensamentos
Dia vai começar
Tudo vai voltar
 
Bom dia
Obrigado
Até outro dia
Toma cuidado
Vai pelos lados
Lágrimas
 
Pistas
To sem saída
De novo na pista
Desprevenida
Vida bandida
Da poetisa
Desconhecida
17/11/2012