Soneto da Criação

Soneto da Criação


No universo, duas forças desvairadas
Que se encontraram se contorcem, os ventres nus,
Numa hecatombe colossal em meio ao nada
E de repente no universo fez-se a luz
 
Na esteira desse enorme turbilhão
Dejetam mundos orbitantes e febris
Numa profusão de planetóides infantis
E deu-se assim por encerrada a criação
 
No universo paralelo de teu quarto
Uma outra hecatombe se inicia
Eu planto a luz no teu ventre, “caos fecundo”
 
Criando assim também nos dois, o nosso mundo
E de repente onde era noite faz-se o dia
E faz-se a nós dois seres nus, num mundo em parto.
 
BRUNO

Ha muito... muito tempo atras...
BRUNO
© Todos os direitos reservados