A Teoria da Relatividade e a relatividade das teorias


Newton, aquele respeitável lorde inglês que levou com uma maçã na cabeça, formulou que dois corpos se atraem, na proporção direta das suas massas e no inverso do quadrado da sua distância.  Então veio um simpático judeu alemão de língua de fora, funcionário de  um escritório de patentes na cidade suíça de Berna e, na velocidade da luz, relativizou tanto o tempo quanto o espaço, elucidando o mistério de alguns corpos que quanto mais distantes, mais se atraem (na verdade, nem tanto isso. Mas estabeleçamos que espaço, tempo e tudo o mais seja relativo, tanto o quanto o são os corpos, a distância e a própria atração em si).
Verdade é que alguns corpos, mesmo à distância, se atraem. Dispensemos, portanto a formalidade de se ter que aqui fundamentar, através de longas matrizes e equações logarítmicas, variáveis quânticas que corroborem tal afirmação.
Aos corpos atraídos, basta saber que a atração existe, sentindo em si o efeito dessa gravidade, tanto quanto a gravidade desse efeito.
Senão, vejamos:
Se ao  simples som da voz dela (ou o equivalente, dependendo da situação, na forma com que se apresente), sua pressão sanguínea se altera, seu pulso se acelera e a temperatura corporal se eleva; não tenha dúvidas, isso é a mais pura e genuína atração, sem que para isso exista a necessidade do toque,
Também a lua atrai o mar, elevando as suas marés e ambos, lua e mar, nuca se tocam, senão, no universo inspirado dos poetas.
O empuxo gravitacional do satélite natural, também faz girar o  ferroso coração da Terra no seu incandescente peito de magma, criando o campo magnético que protege a atmosfera, das constantes investidas dos raios cósmicos e das tempestades solares, possibilitando a vida em nosso planeta.
Marte, nosso primo mais velho, tendo a muito perdido o seu campo magnético, jaz sem vida numa órbita próxima, como a nos lembrar permanentemente da importância dos efeitos benéficos dessa atração, sem a qual fatalmente pereceríamos áridos e estéreis.
Daí, a gravidade da lei de atração e da teoria geral da relatividade, e da relatividade das teorias, em geral.
E se assim se atraem os corpos, sujeitos ao equilíbrio das forças antagônicas que regem as inteirações no universo material, tanto mais se atraem as almas.  Estas, independentemente das barreiras físicas que limitam a transposição de átomos e moléculas, interagem de forma insuspeita. E muitas vezes, mesmo sem o conhecimento delas mesmas, já sendo umas das outras, se pertencem.
 
(Me perdoem se eu pareço confuso, mas é para ser assim mesmo.  Falar sem dizer é tão ou mais difícil que dizer sem falar.  E muito embora,  para mim ambas as coisas pareçam impossíveis, devo tentar...)
 

BRUNO
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