Eu entrei aqui hoje, com a intenção de publicar uma poesia. Mas li um texto que me pegou em cheio (mais ou menos como um caminhão, se você atravessa a rua sem olhar primeiro).
Me forçou a uma reflexão que eu nunca fiz, mas já deveria ter feito há muito tempo. E a chegar a inadiável conclusão de que tudo (absolutamente tudo) termina no tempo certo, e que não vale a pena insistir naquilo que já não é, nem tornará a ser.
Ao adiar o luto, sofre-se com um velório demasiadamente prolongado, sabendo-se que o sepultamento é inevitável.
Espíritos mais práticos, diriam ser perda de tempo prorrogar um contrato vencido que não possui clausula de renovação.
Assim sendo, sinto-me como um palhaço triste e cansado, ao fim da última apresentação.
Sempre contando as mesmas e velhas piadas;
A platéia já não ri mais;
Só ele, ainda não havia percebido...
Inspirado na poesia "A vida é um espetáculo", de autoria de Xama.
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