Te amarei como que pela última vez
amar-te-ei como se fosse o fim
e talvez, já tenha chegado a hora
de dizer-te adeus.
Como se assim, fosse simples
findar o que não se deve por fim
ceifar o que ainda foi recem semeado
não deixamos germinar o que tanto queriamos
que florecesse e brotasse
e trouxesse do ventre da vida
o adubo que pudesse alimentar
e florecer ainda mais essa paixão
Foi podado nosso sonho,
extirpado foi pela raiz.
arido se tornou seu ventre
seca se tornou nossa vida.
dos torroes de terra, ainda torridos,
jaz a vida, jaz nosso desejo
morre minha fugaz e eterna esperança
de que um dia, assim, por querer
teus olhos,
teus desejos,
e teus sonhos,
ainda possam se cruzar
com os meus
e os meus com os seus
e quem sabe
um dia...,
possam surgir
daquelas sementes
frutos que alimentem
sonhos que um dia,
quem sabe,
possam se realizar.
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