Te amarei como que pela última vez

amar-te-ei como se fosse o fim

e talvez, já tenha chegado a hora

de dizer-te adeus.

 

Como se assim, fosse simples

findar o que não se deve por fim

ceifar o que ainda foi recem semeado

não deixamos germinar o que tanto queriamos

 

que florecesse e brotasse

e trouxesse do ventre da vida

 o adubo que pudesse alimentar

e florecer ainda mais essa paixão

 

Foi podado nosso sonho,

extirpado foi pela raiz.

arido se tornou seu ventre

seca se tornou nossa vida.

 

dos torroes de terra, ainda torridos,

jaz a vida, jaz nosso desejo

morre minha fugaz e eterna esperança

de que um dia, assim, por querer

teus olhos, 

teus desejos,

e teus sonhos,

ainda possam se  cruzar

com os meus

e os meus com os seus

e quem sabe

um dia..., 

possam surgir 

daquelas sementes 

frutos que alimentem

sonhos que um dia,

quem sabe,

possam se realizar.

 

 

 

 

sergio de macedo saldanha
© Todos os direitos reservados