Um teto não lhe bastava,
Sombra, água, comida feita na hora
A cama quentinha, roupas limpinhas
Nada lhe servia.
Queria dormir vendo as estrelas, sentir o frio da chuva
Comer o que lhes servia.
Com saúde não se importava, com a vaidade também não.
Somente viver: ver, ouvir, andar, falar, sorrir, chorar
Num mundo só seu.
Os vemos como ninguém,
Andarilhos, sem brilho, vivendo pra nada.
Vêem-nos como alguém,
Espantalhos ameaçados, correndo do nada.
Vanuza Lima
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