Ainda bem, Aline, que tu existes...

que tu existes para acordar em mim

a juventude que morre pouco a pouco!

Ainda bem que tenho nas horas tristes

essa saudade de ti que não tem fim,

uma paixão tão grande que me põe louco!

 

Ainda bem, Aline, que em outra sorte,

que em outra sorte, mas, que não dei valor,

teu sorriso fascinante eu sempre via;

ainda bem, Aline, que existe a morte,

somente ela pode extinguir essa dor

de saber que do seu lado estive um dia.

 

De saber que habitavas meu pensamento,

meu pensamento que ainda é o doce lar

de tua lembrança que para mim é incrível!

Ainda bem, Aline, que o sofrimento

não é capaz de impedir-nos de sonhar,

mesmo que o sonho ideal seja impossível!

 

Ainda bem, Aline, que solitário...

que solitário como muitos no mundo,

posso dizer que um anjo já vi de frente!

Que olhando os meses no lento calendário,

imagino com um suspirar profundo,

quando estarei defronte a ti novamente.

 

Ainda bem, Aline, que sou teimoso,

que sou teimoso como água de um ribeiro,

que vai batendo na pedra endurecida!

Que sou tolo, inocente, esperançoso...

pois meu carinho por ti é verdadeiro...

Ainda bem, Aline, que és minha vida!

Alexandre Campanhola
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