Flor, quem te cria? A floresta?
E quem cuida do que ainda resta?
O homem, que do próprio mal a infesta?
Oh! Vozes gritam, ecoam, o mundo se manifesta
Vocifera, protesta e em brado som se contrapõe
Àquele que, alimentando o próprio ego, te impõe
Castigo desmerecido em queimadas que lhe põe
Nas frondosas copas, troncos, em flores e botões
Em revoada os pássaros se agitam perdidos
Em céu cinza escuro, dantes, azul colorido
Já não cantam mais, estão emudecidos
Fica apenas o silêncio, invade a nostalgia
Exacerbante a indignação, tanta covardia
Deixo meu protesto em versos de poesia
Poesia: Ton Velludo
10-04-2012
Ton Velludo
© Todos os direitos reservados
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