Foi embora a alva de meu amor bandido
Selando a despedida de quem muito amei
O silencio desta alva, eu tenho ouvido
Por isso, com lagrimas, ainda clamei.
Os olhos, sim, ainda guardo aqui comigo
Verdes tal qual a beleza do mar
Me queres, eu sei, apenas como amigo
Sendo que a voce, só sei é amar
Pranteio sem medidas para pesar
Lagrimas aos cântaros, vou derramando
Saudade, saudade... A me despresar
Que mesmo assim me vê te amando.
Para onde foi, eu ainda não sei
O vento te leva ainda mais distante
Saiba que ainda não me cansei
De buscar-te, não obstante...
Cabelos que forte afaguei
Labios que deveras eu beijei
Fogo que muito apaguei
Corpo que intensamente desejei
Hoje, cinzas de lembranças espalhadas
Como no outono, de folhas que caem
Saudades, fortes apunhaladas
Nesses versos que de mim saem...
Escrevo com meu proprio pranto
A dor que sinto neste peito meu
Não me alegro, não vejo, não canto...
Morri... desejando um toque seu.
Queria que Deus me ouvisse agora
Em lagrimas de dor e sofrimento
Sim... A sua falta me devora
Não vivo... nem mais um momento
Volta, amor, vem me dar um abraço
Volta... quero ter voce ao meu lado
Apelo para o meu proprio fracasso
Um poeta relmente apaixonado...
Só quem perdeu um grande amor, pode dizer o quanto dói a saudade e a ferida que a distancia causa no peito de quem ama de verdade...São José dos Campos, 18\03\2012
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