Chora, poeta amigo, a falta da inspiração
Teus pensamentos vagueiam no passado distante
Então, chora, poeta, do fundo do teu coração
Porque letras, já não são o bastante.
Chora, poeta, outrora de poemas felizes
Escrevias com a alma, palavras de carinho
Então, chore por conta de teus deslizes
Se quem te ama, deixaste pelo caminho.
Derrama tuas lagrimas neste humilde poema,
E sinta no peito a dor horrivel da solidão
Chore, poeta, e sepulte este vil dilema
Em cova profunda, para não sentires a podridão.
Amigo poeta, lembra-te de dias passados
Onde andavas de mãos dadas com a inspiração,
Presente e futuro, são agora tempos calados
Em que podes ainda viver de tal emoção.
Tua alma, poeta, implora por novos encantos
Mas, se não houver, então, continue chorando.
Desabe nas letras, teus pesados prantos
E a tristeza, poeta, siga pois, ignorando.
Deixastes no passado, o amor de tua vida
E agora, poeta, não há mais esperanças...
Aquela inspiração, era poesia vivida
Que agora, tão longe, já não alcanças
Chora, poeta... chora...
...
O amor que se vai, deixa qualquer poeta sem saber o que fazer, e então se desaba em fazer versos e rimas, mesmo que não lhe venha a inspiração.São José dos Campos, 26/01/2012
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