Quantos beijos terei que dar em outras, para esquecer os teus?

 E quantos corpos terei de abraçar, para não me lembrar dos teus?

 Meus lábios guardam ainda o sabor do veneno da tua boca

 E meu corpo tem as marcas da lembrança ainda louca.

 Talvez outros beijos me farão esquecer

E outros abraços poderão me aquecer.

 

 Doces foram os momentos amargos que passamos

 E proibidos os pensamentos que lavamos

 Nas aguas passadas pelo tempo sórdido

 Que não quer mais te apagar de mim.

 

 Quem me dera, agora poder esquecer teu sorriso lindo

 Olhando outras bocas para mim alegre sorrindo

 A certeza de que poderei esquecer-te seria

 Morrer agora, e comigo a lembrança não levaria.

 

 Oh morte que traga os poetas apaixonados,

 Que tem seus egos pelo presente lavados

 Em letras escrevem seu próximo futuro

 Deixando passados em cima do muro.

 

 Muro de saudades que não morrem  com pranto

Enquanto na mente houver o teu encanto

 Uma gota de agua de meu olhar caindo

 É um pedaço de voce se esvaindo

 Da doce lembrança que tive de ti....

 

Amor é semelhante a um botão de rosa na memória de quem chora por alguém.
A rosa nasce, cresce embeleza-se, desabrocha e morre. Mas sua semente cai ao solo, dando assim a esperança de uma nova vida a dois.