Até quando, terei de suportar essa saudade,

Batendo sem parar nesses pensamentos meus?

Quando será apagada de minha mente, tal beldade?

Até quando... sim... Até quando, meu Deus?

Quando secarei esse pranto em meu rosto?

Até quando vestirei esta imagem na mente

Trajando vermelho, em tardes de agosto?

Fazendo brotar de novo, essa semente?

 

Até quando, na noite, a espessa neblina

Mostrará teu corpo, tão belo e culto?

Até quando, oh, minha mulher menina,

Será ao meu lado, apenas um vulto?

Sim... Até quando ocultarás de mim, teu carinho

Que perdido na distancia, assim ficou?

Já não consigo achar de volta o caminho

Que no passado esse pranto secou.

Até quando, Mulher Imagem?

Até quando, terás coragem

De ainda se ausentar para sempre?

 

Um dia em muitos outros dias, eu sei que voltarás... Um dia... Não sei até quando terei que esperar. Não obstante, tenho plena convicção de que esperarei o tempo suficiente. Pelo menos até que eu morra, estarás ciente, de que te esperei...

São José dos Campos, 25/11/2011. 04hs16min