Pobre do poeta

Que sente com incrível intensidade

Que capta com sua doce alma

As mais profundas vibrações dos sentimentos

Pois, se a paixão queima,

O poeta sente em todos os seus ossos

Sua pele, sua carne

Sente queimar a sua alma.

Sua consciência se perde em

Um turbilhão de emoções, delírios

Martírios e aflições

Que prevalecem e o atormentam

Confundindo, acariciando, dilacerando

A pobre alma apaixonada.

Não há descanso, nem piedade

Há somente a sombra sedutora

E o sorriso nos lábios que pedem para

Ser devorados.

O poeta sente tudo de forma divina e completa

Por isso é que a paixão

Revela a todos, sem distinção

A divina alma que reside em nossos corações

Afinal, como nos disse o grande Platão:

“Quando amamos

Todos nos tornamos Poetas”

Cleucy de Paula Silva Araújo
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