TRANSIÇÃO
 
Estava frustrado
Abatido, debilitado
Era o espelho da apatia
Fora-se a alegria
Uma angustia latente
Importunava sua mente
Em breve reflexão
Veio a percepção
O tempo cumpria seu papel
Aproximava-se do Céu?
Ou seu espírito eterno
Queimaria no inferno?
Como não pudera perceber
Que nascera para morrer?
Com todos é assim
Um dia chega o fim
Mas, na fugidia lucidez
Pensava: - chegou minha vez!
Não sentiu medo
Apenas um vazio, sensação de degredo
Que incomodava... Deveras...
Dos olhos rolaram lágrimas sinceras
E antes do derradeiro passo
Recebeu esfuziante abraço
Daquela que em jornada terrena
Fora-lhe doce açucena
Sentiu-se lépido e renovado
Nesse momento, partira, para o outro lado...
 
Pedro Martins
29/12/2011
 
 

É interessante como a inspiração se manifesta em alguns poemas que passo para o papel. Esse é um desses casos. Esse poema como outros que já escrevi vem praticamente pronto(não é psicografia) e muitas vezes não consigo entender seu significado, o que acontece sómente depois de ler várias vezes... Que sejam bem vindos os comentários

Que o Ano que se inicia em breve seja muito próspero e que todos tenham o necessário...

Pitangueiras-SP, no meu horário de trabalho, é quase sempre assim...