MAIS UM ANO QUE SE FINDA

Mais um ano que se finda,
É o tempo passando inexorável.
Para quem é jovem ainda
A vida é bela e tudo é adorável.
 
Mas quem já alcançou a maturidade
E caminhou metade da estrada
Começa entender na realidade,
O quanto diminuiu sua caminhada.
 
Não contou os passos dados
Nem os tropeços no caminho.
Dias e noites não foram contados
Nem os seixos nem espinhos.
 
Daqui para frente vai reparar se choveu,
Se os dias estão sendo quentes,
Se lamentar de que não se comoveu
Dos caídos e os chamou de indolentes.
 
A cada aniversário verá uma ruga a mais
E diminuir da vida a cada dia o viço,
Rever no espelho sua juventude, jamais,
Nem seu olhar antes brilhante e agora mortiço.
 
Não tarda o Inverno da vida
Pois o Outono já se fez presente.
O que antes era estrada comprida
Já se vê seu término à frente.
 
O tempo agora passa depressa,
Do futuro nada mais tem a esperar
Não é mais tempo de fazer promessas,
Não a mais tempo de prosperar 
 
Alquebrado pelo tempo que passou,
Sapatos desgastados pelos passos que deu,
Agora só o passado lhe restou
Sua esperança de futuro morreu!

Lutar contra o tempo, é perda de tempo porque ele é inexorável, Ele não faz promessas a ningúem, nos deixa com total liberdade de vive-lo e para fazermos de nossas vidas o que quisermos. Porém, chegará o dia de acertarmos nossas contas e tudo será pesado e medido. Neste momento, pedidos de clemência não conta e as lágrimas dermadas não comovem. Os fiscais ater-se-ão a pesar e medir: A Primavera de nossas vidas, o Verão que se segue, o Outono e a seguir o Inverno. E quanto aos resultados ninguém nos dirá, juntar-se-ão ao dossie de cada um de nós.

Pensando o quanto já vivi e preocupado com acerto de contas