Percorri as geografias da vida, em impulsos espasmódicos
Não era uma agonia de dor, era exato de uma ausência
Hora em que as veias, sentem a pulsação louca da suspeita
Na hipótese premente de supor, outra ácida decepção
Oh deus ! Fui te vendo sumir e me deixando ir embora
Na apagada chama, na convulsão do caos demolidor
Num mundo que persuade atropelos, apontando o vazio
Que me leva ao choque. Impasse que me tem involuntário
Único derradeiro recurso, é entrar na total malsã catatonia
Talvez junto a traços de desprezo e toques de lamento
Restando voltar ao começo de mim, tateando escuridões
Porque o viver é todo igual, quando sangra o sentido
E vejo uma criança despetalando aquela flor no parque
Quero que pare, mas paralisado; sem ânimo para intervir
Sinto que perdi o dom da liberdade de amar, que é
estar preso ao amor, e todo meu ser está solto, caindo . . .
[do não ao nada, do nada . . . ao atroz !!!
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